Testemunhos

 

Deus é fiel - Nuncyo D´Ery

No dia 13 de janeiro de 2007 (sábado), por volta das 16 horas, comecei a ter um enfarto. Era uma dor alucinante que comprimia completamente o meu peito. Meu braço esquerdo doía muito e cheguei a vomitar três vezes.

Durante mais ou menos duas horas procurei suportar aquela dor, acreditando que fosse algo passageiro, um mal-estar comum e que logo iria passar.

Mas nada. Cada vez ficava ainda pior. Quando não mais suportava e, sentindo que enfartaria, pedi a minha filha Jéssica Tamirys que chamasse alguém para me levar urgente no Pronto Socorro.

Lá chegando, levado pela minha cunhada Mardem, seu marido Bentinho e seu sobrinho Tico, fui para o ambulatório e  tomei, de imediato, três comprimidos. Depois comecei a fazer os exames que o médico pediu. O Eletrocardiograma acusou uma angina. Já os outros exames nada acrescentaram.

Fiquei no Pronto Socorro toda a noite de sábado e domingo até o meio dia. Fui aconselhado pelo médico do Pronto Socorro a procurar um cardiologista.

Na segunda-feira pela manhã minha cunhada Mardem chega antes das 9 horas em minha casa e diz que Deus a incomodou a noite toda para me levar a uma amiga dela, a Doutora Carla, cardiologista e grande serva de Deus (congrega na Igreja Batista). Conta minha cunhada que Deus assim lhe falou: “Leva o Nuncyo à doutora Carla porque senão ele vai morrer”. Muito preocupada, ela imediatamente ligou para a médica e marcou uma consulta para as 14 horas.

Nesse horário a Doutora Carla nos atendeu em seu consultório em Várzea Grande. Fez um Eletrocardiograma e este também acusou uma angina. Imediatamente a doutora fez o encaminhamento para o Hospital Santa Helena, para que eu fosse internado e, já na terça-feira, fizesse um cateterismo.

Na terça-feira não foi possível fazer o exame de cateterismo, sendo transferido para a quarta-feira pela manhã. No dia seguinte fui levado para o Hospital Santa Rosa para fazer o exame. Já preparado e na sala de cirurgia vejo novamente o mover de Deus (digo novamente, porque desde o início do meu problema no sábado, pude ver o agir de Deus na minha vida, evitando que eu morresse ou ficasse com alguma seqüela).

Ali tocava uma música evangélica, exaltando a Deus, e todos que ali estavam (três ou quatro pessoas) e o médico que adentrava a sala, cantavam e exaltavam o nome do Senhor dos Exércitos. Era o doutor Carlos Carretoni – servo de Deus que congrega na Assembléia de Deus, Grande Templo -, que ainda glorificando à Deus se dirigiu a mim dizendo que “tudo está bem, e correrá bem em nome de Jesus”.

Inicia-se o exame (ou cirurgia) e o médico constata que a situação é bastante grave. Imediatamente ele me diz que tanto o lado direito como o esquerdo de meu coração estão totalmente bloqueados, entupidos, e que pela misericórdia de Deus eu ainda estou vivo, pois o Senhor Jeová criou uma veia por trás do coração para continuar a irrigação sanguínea no corpo. Um milagre de Deus, diz o médico, pois não é normal tal situação.

Ali, na mesa cirúrgica, o médico faz a primeira cirurgia – uma angioplastia – do lado direito do meu coração. Tudo corre bem, graças a Deus. Ele diz que é preciso uma segunda cirurgia, agora do lado esquerdo, mas que não poderia ser feita naquele momento por ser muito arriscado.

Finalizam-se os procedimentos e eu saio da sala cirúrgica, quando então encontro com minha esposa Márcia, minha cunhada Mardem e o Bentinho, que estavam sendo informados pelo médico da minha situação e do grande livramento de Deus na minha vida (foi um momento muito forte e que deixou a todos muito emocionados). Neste momento o médico afirma que é de se admirar por eu estar vivo. Somente um milagre de Deus. Se não fosse o agir de Deus eu estaria morto.

Depois de algum tempo sou levado para a UTI do Hospital Santa Helena, onde passei dois dias até voltar para a segunda cirurgia.

No dia 19 de janeiro sou levado para o Hospital Santa Rosa onde realizo a segunda cirurgia de angioplastia, desta vez do lado esquerdo. O doutor Carlos Carretoni afirma que tudo correu bem, graças a Deus, e que agora estou com as artérias restauradas e desobstruídas. Em meu coração foram colocados três stender´s – molas de aço que evitam que as artérias se fechem na entrada do coração.

Graças a Deus estou bem de saúde e novamente vejo o mover de Deus em minha vida, evitando que eu morresse. Deus me deu a vida para que seu nome seja exaltado e glorificado diante de todos os povos e nações (quando digo novamente, é porque no dia 10 de junho de 2004, às 11h38, Deus me trouxe à vida, depois de quinze minutos morto no chão de uma sala cirúrgica do Hospital São Matheus – testemunhos que darei mais adiante).

Nuncyo D´Ery é membro da Igreja Assembléia de Deus (Ministério Madureira) do Parque Cuiabá - Cuiabá – MT

Testemunho Dedé Santana

   Meu nome é Manfried Santana, nasci em Niterói e hoje estou aqui, não o Dedé Santana, mas o irmão Manfried Santana. Eu tinha fama, dinheiro, carrões, mas, eu era uma pessoa triste, vazia e sem alegria de viver. Quando eu dizia isso aos outros, ninguém acreditava. Um homem que fazia tantos rirem era infeliz.

Fui, então, a cartomantes, tive no kadercismo e, finalmente, fui à macumba, um terreiro de macumba. Chegando lá, eles derramaram pipoca, mataram uma galinha preta e derramaram aquele sangue todo em cima de mim; jogavam cachaça e farofa e eu saía de lá do mesmo jeito. E nada dava certo.

Um dia voltando de um show, ali em São Luís do Maranhão, chegamos no aeroporto atrasados pois fizemos três apresentações naquele dia e passamos da hora. E tivemos que pegar o vôo de 4 horas da manhã. Já no avião, percebi uma senhorita sentada próximo à porta de emergência e havia uma luz sobre sua cabeça.

Curioso cheguei perto e vi que a luz de leitura do avião estava apagada! Não conseguia passar de sua cadeira; parecia que um vidro me impedia. Aí pedi para sentar ao seu lado e ela me respondeu: Claro, eu estava lhe esperando. Esperando por que ? - perguntei. Sim, lhe esperando, eu tenho um recado de Jesus para você. - Um recado de Jesus pra mim?, a senhorita deve estar enganada; o meu vôo era de 11:45, e eu não vinha neste avião. Ela respondeu: -Eu também não, o meu vôo era de 8:45. Então perguntei, muito curioso: - O que Jesus manda me dizer? Ela, então, me disse: - Jesus manda lhe dizer que ele te ama muito e que você esqueceu dele.

É verdade, eu fazia dois filmes por ano, muito trabalho na televisão e não tinha tempo para pensar em nada. Eu só pensava em mulheres, amantes, amigos e viagens para o exterior, mas não me lembrava de Jesus. E, naquele momento, eu começava a sentir que aquele vazio dentro de mim era a ausência de Jesus na minha vida. Ela me deu um cartão que continha um nome de um pastor de Taubaté, o pastor Roberto Moreira.

E eu não levei a sério e continuei a minha vida, trabalhando, fazendo as mesmas coisas, os mesmos desesperos, o mesmo vazio dentro de mim e, um dia, fiquei doente, fui parar num hospital, no Rio de Janeiro. Eu estava muito mal, eu sabia que estava muito mal. Eu vi os médicos cochichando, falando, meu filho preocupado e os exames se seguindo. Tiravam meu sangue, tiravam chapas e, três dias depois, o médico voltou a falar comigo dizendo que tinha uma visita para mim, mas, que eu não deveria recebê-la, devido o meu repouso.

Perguntei quem era. Ele me respondeu: - São uns pastores de Taubaté. Quando ele falou isso, tudo voltou na minha cabeça, a senhorita no avião, aí eu disse: - Dr., eu assumo toda a responsabilidade; por favor deixe eles entrarem. Eles entraram e oraram muito por mim. E o pastor Roberto, o do cartão, me disse: - Dedé, você não vai morrer, Jesus tem uma missão para você cumprir em tua vida! Depois da visita, meu filho, que é atleta de Cristo, ainda conversou muito comigo e, no dia seguinte, os enfermeiros me levaram na cadeira de rodas para fazer novos exames.

Eu estava muito mal: artérias entupidas, pulmão congestionado, água na pleura. Os enfermeiros começaram a telefonar, chamar os médicos e comecei a me preocupar. Os médicos chegaram, olharam as chapas e pediram que tirasse outras. Aí eu tirei outra chapa e os médicos pensaram que havia algum defeito no aparelho. Levaram-me para outra sala para repetir os exames numa outra máquina. O médico, muito admirado, disse: - Não é possível, não tem nada. A chapa não acusava nada! E o doutor, bastante alegre, me mandou embora.

Fui para casa e continuei minha vida normal, gravando os Trapalhões. Até que um dia fui convidado para um trabalho da ADONEPE e, lá, estava alguém cantando. Alguém que eu conhecia como o maluco dos Paralamas. Ele era Mattos Nascimento que ia falando, e falando, e tudo o que ele dizia vinha direto ao meu coração.

Ele ia falando e se aproximando de mim. Quando chegou perto, gritou \'Glória a Deus\'. Repeti o Glória meio tímido. E ele disse: - Ouvi o teu glória, Dedé. Não te envergonhes de dar glórias a Jesus. O homem que não dá glória a Deus não tem valor. Olha, Dedé Santana, você é poderoso, é famoso, é da Rede Globo, viaja o mundo, o Brasil todo, mas eu te digo esta noite: você sem Deus é um saco de lixo furado.

Em outra época, eu teria brigado com ele. Mas, ele falava com tanta firmeza, tanta firmeza, que ali resolvi aceitar o Senhor Jesus. Eu vi que encontrar Jesus não era tão complicado. Não era preciso matar galinha, derramar cachaça, tomar banho de pipoca. Desde aquele dia eu senti que não poderia mais viver sem Jesus.

Hoje sou feliz. Antes eu era o mais mal humorado dos Trapalhões, só vivia resmungando. Hoje eu não tenho medo de nada. Eu poderia perder tudo o que tenho. Eu só não posso perder o amor de Jesus Cristo e o amor de vocês, meus irmãos. Paz do Senhor!