“Então, ouvi uma voz do céu, dizendo: Escreve:
Bem-aventurados os mortos, que, desde agora, morrem no Senhor. Sim, diz o
Espírito, para que descansem das suas fadigas, pois as suas obras os
acompanham”
(Apocalipse 14.13)
No final de uma estrada,
podemos ir a um lugar eterno de descanso, beleza e força. A solicitude e a segurança pelos
quais ansiamos são coisas que podem ser totalmente realizadas. O que é
verdadeiro em tempo será ainda mais verdadeiro na eternidade: “Há um lugar de
descanso calmo, próximo do coração de Deus” (Cleland B. McAfee). É para ser um
lugar de “santuário” no sentido mais verdadeiro da palavra.
Uma das pinturas de Dalhart Windberg se chama
Santuário Eterno. Uma cópia dessa pintura chamou a minha atenção no corredor do
hospital onde minha mãe estava morrendo. Puxou-me imediatamente para um mundo
que era forte e sereno. Mais tarde, uns amigos me deram uma cópia pequena para
pendurar na minha casa, e sempre tenho muita vontade de entrar na cena mostrada.
Quando estou cansado do mundo, consigo ouvir a
queda d́água distante de Windberg. Posso sentir o cheiro das árvores frescas
que protegem o rio e sentir o calor carinhoso do campo por debaixo dos meus
pés. Um desejo profundo pelo santuário se mexe dentro de mim.
Na literatura, acho que não há maior santuário que
Imladris ou Rivendell, na obra de J. R. R. Tolkien. No mundo imaginado da Terra
Média, onde o bem e o mal estão em guerra, Rivendell é o refúgio dos elfos num
vale inclinado e escondido passando por meio dos brejos abaixo das Montanhas
Místicas. Rivendell se comunica comigo porque eu sei que representa a
realidade. Conecta-me a uma verdade que é maior que a minha própria vida.
Não é inevitável, certamente, que eu chegarei no
eterno santuário do lar de Deus. Se chegar, será a consequência das escolhas
certas a respeito de Deus que eu estou fazendo agora. Eu sei que nem todas as
estradas levam ao portão do céu. Há apenas uma que leva, e coloco os meus pés
neste caminho quando por fé eu corajosamente me submeto àquilo que eu sei da
verdade de Deus.
Traga-nos, o Senhor Deus, no último despertar à
casa e o portão do céu,
Para entrar por aquele portão e viver naquela casa,
Onde não haverá escuridão nem brilho forte, mas uma
luz equilibrada
Nem barulho nem silêncio, mas uma música
equilibrada;
Nem medos nem esperança, mas uma possessão
equilibrada;
Nem fins nem inícios, mas uma eternidade
equilibrada;
Nas habitações de sua majestade e sua glória, um
mundo sem fim.
(John Donne)
Gary Henry
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