terça-feira, 4 de setembro de 2012

O amor da alma chegando em casa

“Coroa de honra são as cãs, quando se acham no caminho da justiça”
(Provérbios 16.31)
 
            Nos últimos anos da nossa vida, nossos corações podem vir a amar muitas coisas a respeito de Deus que as nossas mentes aprenderam sobre Ele na nossa juventude. Na nossa jornada em direção a Deus, a experiência pode nos capacitar a apreciar o que disse Jó 42.5: “Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te vêem”. É apenas a passagem dos anos para muitos de nós que pode mudar o nosso conhecimento dos fatos em uma calma compreensão e sabedoria carinhosa. Na velhice, podemos ver melhor quanto é verdadeira a verdade.
                   Para começar, há uma diferença entre conhecer a Deus pela teoria e conhecê-lo pela experiência. Se a escolha é entre a verdade e a mentira, obviamente é uma coisa boa aprendermos a verdade sobre Deus enquanto somos jovens. Mas é só depois de termos tido alguns anos para lidar com a verdade durante as experiências sobe-e-desce na vida que realmente apreciamos o valor do que sabemos de Deus. É na vivência real que chegamos a valorizar a verdade da verdade de Deus. Davi disse: “Oh! Provai e vede que o Senhor é bom” (Salmo 34.8). Quanto mais temos vivido com Deus, mais doce se torna a sua bondade.

Mas há mais uma coisa a respeito da idade. Como disse F. W. Robertson: “Ser homem na vida cristã é melhor que ser menino, porque é uma coisa mais madura; e a velhice deve ser uma coisa mais brilhante e mais calma e mais serena do que ser homem”.

Uma razão por esta serenidade é que, normalmente, o cristão mais velho está mais próximo de alcançar o céu do que o jovem. E quanto mais nos aproximamos do nosso verdadeiro lar, mais valorizamos o amor do nosso Pai que nos espera lá.

Não foi Paulo o jovem, mas Paulo o velho (Filemon 9), que escreveu estas palavras de amor esperançoso: “Quanto a mim, estou sendo já oferecido por libação, e o tempo da minha partida é chegado. Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé. Já agora a coroa da justiça me esta guardada , a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos quantos amam a sua vinda” (II Timóteo 4.6-8).

Conforme passam os anos, o “pensamento mais doce e solene” a qual se refere o grande hino de Phoebe Cary encherá mais os nossos corações: “Um pensamento doce e solene me vem à cabeça vez após vez: hoje estou mais próximo do meu lar do que qualquer outro dia”. 

A velhice pode amar a Deus mais que um doutor em teologia (Bonaventura).

Gary Henry

 

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