sexta-feira, 27 de abril de 2012

A Morte


"Eu sei que o meu Redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra. E depois de consumida a minha pele, ainda em minha carne verei a Deus” (Jó 19.25, 26)
Todo ser humano, tanto cristão quanto ímpio, está sujeito à morte. A palavra "morte" tem, porém, mais de um sentido na Bíblia. É importante para o cristão compreender os vários sentidos do termo morte.

A morte como resultado do pecado

Gênesis 2 - 3 ensina que a morte penetrou no mundo por causa do pecado. Nossos primeiros pais foram criados capazes de viverem para sempre. Ao desobedecerem o mandamento de Deus, tornaram-se sujeitos à penalidade do pecado, que é a morte.

Adão e Eva ficaram sujeitos à morte física. Deus colocara a árvore da vida no jardim do Éden para que, ao comer continuamente dela, o ser humano nunca morresse (Gn 2.9). Mas, depois de Adão e Eva comerem do fruto da árvore do bem e do mal, Deus pronunciou estas palavras: "és pó e em pó tornarás" (Gn 3.19). Eles não morreram fisicamente no dia que comeram, mas ficaram sujeitos à lei da morte como resultado da maldição divina.

Adão e Eva também morreram no sentido moral, Deus advertia Adão que se comesse do fruto proibido, ele certamente morreria (Gn 2.17). Adão e sua esposa não morreram fisicamente naquele dia, mas moralmente, sim; a sua natureza tornou-se pecaminosa. A partir de Adão e Eva, todos nascem com uma natureza pecaminosa (Rm 8.5-8), uma tendência inata de seguir seu próprio caminho egoísta, alheio a Deus e ao próximo (Gn 3.6; Rm 3.10-18; Ef 2.3; Cl 2.13).

Adão e Eva também morreram espiritualmente quando desobedeceram a Deus, pois isso destruiu o relacionamento íntimo que tinham antes com Deus (Gn 3.6). Já não anelavam caminhar e conversar com Deus no jardim; pelo contrário, esconderam-se da sua presença (Gn 3.8). A Bíblia também ensina que, à parte de Cristo, todos estão alienados de Deus e da vida nELE (Ef 4.17, 18), estão espiritualmente mortos.

Finalmente, a morte, como resultado do pecado, importa em morte eterna. A vida eterna viria pela obediência de Adão e Eva (Gn 3.22), ao invés disso, a lei da morte eterna entrou em operação. A morte eterna é a condenação e separação de Deus como resultado da desobediência do homem para com Deus.

A única maneira de o ser humano escapar da morte em todos os seus aspectos é através de Jesus Cristo, que "aboliu a morte e trouxe à luz e a incorrupção" (II Tm 1.10). Ele, mediante a sua morte, reconciliou-nos com Deus, e, assim, desfez a separação e alienação espirituais resultantes do pecado (Gn 3.24; 2 Co 5.18). Pela sua ressurreição Ele venceu e aboliu o poder de Satanás, do pecado e da morte física (Gn 3.15; Rm 6.10; 5.18, 19; 1 Co 15.12-28; 1 Jo 2.8).

A morte física do cristão

Embora o crente em Cristo tenha a certeza da vida na ressurreição, não deixará de experimentar a morte física. O cristão, porém, encara a morte de modo diferente do ímpio. Seguem-se algumas verdades reveladas na Bíblia a respeito da morte do cristão.

A morte, para os salvos, não é o fim da vida, mas um novo começo. Neste caso, ela não é um terror. (I Co 15.55-57), mas um meio de transição para uma vida mais plena. Para o salvo em Cristo Jesus, morrer é ser liberto das aflições deste mundo (II Co 4.17) e do corpo terreno, para ser revestido da vida e glória celestiais (II Co 5.1-5). Paulo se refere à morte como sono (I Co 15.6, 18, 20; Ts 4.13-15), o que dá a entender que morrer é descansar do labor e das lutas terrenas (Ap 14.13).

A Bíblia refere-se à morte do cristão em termos consoladores. Por exemplo, ela afirma que a morte do santo, "preciosa é à vista do SENHOR" (Sl 116.15). É a entrada na paz (Is 57.1, 2) e na glória (Sl 73.24; é ser levado pelos anjos "para o seio de Abraão" (Lc 16.22); é ir ao "Paraíso" (Lc 23.43); é ir a casa do nosso Pai, onde há "muitas moradas" (Jo 14.2); é uma partida bem aventurada para estar "com Cristo" (Fp 1.23); é ir "habitar com o Senhor" (2 Co 5.8); é um dormir em Cristo (I Co 15.18; Jo 11.11; Ts 4.13); "é ganho... ainda muito melhor" (Fp 1.21, 23), é a ocasião de receber a "coroa de justiça" (II Tm 4.8).

Quanto ao estado dos salvos, entre sua morte e a ressurreição do corpo, as Escrituras ensinam o seguinte:

No momento da morte, o cristão é conduzido à presença de Cristo (II Co 5.8; Fp 1.23).

Permanece em plena consciência (Lc 16.19-31) e desfruta de alegria diante da bondade e amor de Deus (Ef 2.7).

O céu é como um lar, um maravilhoso lugar de repouso e segurança (Ap 6.11) e de convívio e comunhão com os santos (Jo 14.2).

O viver no céu incluirá a adoração e o louvor a Deus (Sl 87; Ap 14.2, 3; 15.3).

Os salvos nos céus, até o dia da ressurreição do corpo, não são espíritos incorpóreos e invisíveis, mas seres dotados de uma forma corpórea celestial temporária (Lc 9.30-32; II Co 5.1-4).

No céu, os cristãos conservam sua identidade individual (Mt 8.11; Lc 9.30-32).

Os cristãos que passam para o céu continuam a almejar que os propósitos de Deus na terra se cumpram (Ap 6.9-11).

Embora o salvo tenha grande esperança e alegria ao morrer, os demais cristãos que ficam não deixam de lamentar a morte de um ente-querido. Quando Jacó faleceu, por exemplo, José lamentou profundamente a perda de seu pai. O que se deu com José ante a morte de seu pai é semelhante ao que acontece com todos os cristãos quando falece um de seus entes-queridos (Gn 50.1).

A Palavra de Deus diz que "o salário do pecado é a morte", e diz ainda que "todos pecaram, e destituídos estão da Glória de Deus". Portanto, temos certeza que um dia iremos morrer.

Para isso devemos estar preparados, para encontrarmos com Cristo Jesus, e assim estarmos totalmente livres da "segunda morte", que é a morte eterna... a morte sem Cristo... a condenação ao sofrimento eterno, que haverá no inferno, preparado para o diabo e seus anjos.

Portanto, entregue a sua vida a Jesus, e fique preparado para desfrutar de uma vida eterna e abundante na salvação, que só Ele (Cristo) pode te oferecer.

Disse Jesus: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim” (Jo 14.6).

0 comentários:

Postar um comentário