terça-feira, 27 de março de 2012

O Pão de Cristo...

O que se segue é um relato verídico sobre um homem chamado Victor.
Depois de meses sem encontrar trabalho, viu-se obrigado a recorrer à mendicância para sobreviver, coisa que o entristecia e envergonhava muito.
Numa tarde fria de inverno, encontrava-se nas imediações de um clube social, quando viu chegar um casal. Victor lhe pediu algumas moedas para poder comprar algo para comer.
- Sinto muito, amigo, mas não tenho trocado- disse ele...
Sua esposa, ouvindo a conversa perguntou:
- Que queria o pobre homem?
- Dinheiro para comer. Disse que tinha fome - respondeu o marido.
- Lorenzo, não podemos entrar e comer uma comida farta que não necessitamos e deixar um homem faminto aqui fora!
- Hoje em dia há um mendigo em cada esquina! Aposto que quer dinheiro para beber!
- Tenho uns trocados comigo.. Vou dar-lhe alguma coisa!
Mesmo de costas para eles, Victor ouviu tudo que disseram. Envergonhado, queria se afastar depressa correndo dali, mas neste momento ouviu a amável voz da mulher que dizia:
- Aqui tens algumas moedas. Consiga algo de comer, ainda que a situação esteja difícil, não perca a esperança. Em algum lugar existe um lugar de trabalho para você. Espero que encontre.
- Obrigado, senhora. Acabo de sentir-me melhor e capaz de começar de novo. A senhora me ajudou a recobrar o ânimo! Jamais esquecerei sua gentileza.
- Você estará comendo o Pão de Cristo! Partilhe-o - Disse ela com um largo sorriso dirigido mais a um homem que a um mendigo.
Victor sentiu como se uma descarga elétrica lhe percorresse o corpo. Encontrou um lugar barato para se alimentar um pouco. Gastou a metade do que havia ganhado e resolveu guardar o que sobrara para o outro dia, comeria 'O Pão de Cristo' dois dias. Uma vez mais aquela descarga elétrica corria por seu interior.

O PÃO DE CRISTO!

- Um momento! - Pensou. Não posso guardar o pão de Cristo somente para mim mesmo.
Parecia-lhe escutar o eco de um velho hino que tinha aprendido na escola dominical. Neste momento, passou a seu lado um velhinho.
- Quem sabe, este pobre homem tenha fome, pensou -. Tenho que partilhar o Pão de Cristo.
- Ouça - exclamou Victor-. Gostaria de entrar e comer uma boa comida?
O velho se voltou e encarou-o sem acreditar.
- Você fala sério, amigo?
 O homem não acreditava em tamanha sorte, até que estivesse sentado em uma mesa coberta, com uma toalha e com um belo prato de comida quente na frente.
Durante a ceia, Victor notou que o homem envolvia um pedaço de pão em sua sacola de papel.
- Está guardando um pouco para amanhã? Perguntou.
- Não, não. É que tem um menininho que conheço onde costumo freqüentar que tem passado mal ultimamente e estava chorando quando o deixei. Tinha muita fome. Vou levar-lhe este pão.
- O Pão de Cristo! Recordou novamente as palavras da mulher e teve a estranha sensação de que havia um terceiro convidado sentado naquela mesa. Ao longe os sinos da igreja pareciam entoar o velho hino que havia soado antes em sua cabeça.
Os dois homens levaram o pão ao menino faminto que começou a engoli-lo com alegria. De repente, se deteve e chamou um cachorrinho. Um cachorrinho pequeno e assustado.
- Tome cachorrinho. Dou-te a metade - disse o menino.
O Pão de Cristo alcançará também você. O pequeno tinha mudado de semblante. Pôs-se de pé e começou a vender o jornal com alegria.
- Até logo! Disse Victor ao velho. Em algum lugar haverá um emprego. Não desespere!
- Sabe? - sua voz se tornou um sussurro - Isto que comemos é o pão de Cristo. Uma senhora me disse quando me deu aquelas moedas para comprá-lo. O futuro nos presenteará com algo muito bom!
Ao se afastar, Vitor reparou o cachorrinho que lhe farejava a perna. Agachou-se para acariciá-lo e descobriu que tinha uma coleira onde estava gravado o nome e endereço de seu dono.
Victor caminhou um bom pedaço até a casa do dono do cachorro e bateu na porta. Ao sair e ver que havia sido encontrado seu cachorro, o homem ficou contentíssimo, e logo sua expressão se tornou séria.
Estava por repreender Victor, que certamente lhe havia roubado o cachorro, mas não o fez, pois Victor mostrava no rosto um ar e dignidade que o deteve. Disse então:
- No jornal de ontem, ofereci uma recompensa pelo resgate. Tome!! Victor olhou o dinheiro meio espantado e disse:
- Não posso aceitar. Somente queria fazer um bem ao cachorrinho.
- Pegue-o! Para mim, o que você fez vale muito mais que isto! Você precisa de um emprego? Venha ao meu escritório amanhã. Faz-me muita falta uma pessoa íntegra como você.
Ao voltar pela avenida, aquele velho hino que recordava sua infância voltou a soar em sua alma. Chamava-se “Parte o Pão da vida. Não o canses de dar. Mas não o dê as sobras. Daí com o coração, mesmo que doa. Que o Senhor nos conceda a graça de tomar nossa cruz e segui-lo, mesmo que doa!”.
Bem, agora se desejares, reparta com os amigos. Ajuda-os a repartir e refletir.
Que Deus vos bendiga sempre!!!

Senhor Jesus: “Te amo muito, te necessito para sempre, estás no mais profundo de meu coração, bendize com teu carinho a minha família, minha casa, meu emprego, minhas finanças, meus sonhos, meus projetos e meus amigos”.

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